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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Classificação e Mecanismo de Instalação das Interações Medicamentosas

As interações medicamentosas podem ser classificadas por seu mecanismo de instalação, embora, sob o ponto de vista pragmático, interessa ao clínico simplesmente saber se a interação ocorre ou não e qual a sua magnitude.

O conhecimento dos mecanismos no processo interativo é de suma importância e estes mecanismos nem sempre são totalmente conhecidos, geralmente são complexos, o que torna difícil classificá-los com precisão.

Além disso, a interação, muitas vezes, é resultante de mais de um mecanismo, porém, conforme o mecanismo predominante, as interações podem ser classificadas em:
• Físico-químicas;
• Farmacodinâmicas;
• Farmacocinéticas.

Fonte:
  • - PORTAL DA EDUCAÇÃO   
  • A administração oral e a capacidade de absorção do fármaco

    O grau de absorção dos fármacos é decisivo para se obter o nível desejado da substância no sangue, particularmente quando a via escolhida é a oral. A absorção pelo trato gastrintestinal (TGI) é regulada por fatores, tais como o estado físico da droga, a área da superfície para a absorção, o fluxo sanguíneo esplâncnico, e a concentração no local da absorção. Uma vez que grande parte da absorção pelo TGI ocorre por processos passivos, o fármaco é mais bem absorvido na forma não-ionizada e mais lipofílica.

    Assim, poder-se-ia esperar uma absorção ótima de ácidos fracos no meio ácido do estômago, enquanto a absorção de bases poderia ser favorecida no intestino delgado, relativamente alcalino. Todavia, é uma simplificação excessiva extrapolar o conceito de partição do pH para uma comparação de duas membranas biológicas diferentes, como os epitélios do estômago e do intestino. O estômago é revestido por uma membrana espessa, coberta de muco, com pequena área de superfície e alta resistência elétrica.

    A principal função do estômago é digestiva; por outro lado, o epitélio do intestino possui uma área de superfície extremamente grande - ele é fino, tem baixa resistência elétrica e sua principal função é facilitar a absorção de nutrientes. Dessa forma, qualquer fator que acelere o esvaziamento gástrico poderá aumentar a velocidade de absorção de um fármaco, ao passo que qualquer fator que retarde o esvaziamento do estômago provavelmente terá o efeito oposto, independente das características do fármaco.


    Fonte:
  • - PORTAL DA EDUCAÇÃO  
  • Alimentos podem alterar o metabolismo dos medicamentos

    O metabolismo das drogas pode ser alterado pela composição da dieta, nos estados de deficiência ou pela manipulação nutricional. O fator dietético mais importante é o teor de proteínas. Uma dieta rica em proteínas e pobre em carboidratos aumenta a taxa de metabolização de um grande número de drogas, enquanto que uma dieta hipoproteica e hiperglicídica diminui esta metabolização.

    Um grande número de drogas e nutrientes é metabolizado no fígado por sistemas enzimáticos específicos. Dentre os componentes nutricionais que participam desses sistemas estão as proteínas, lipídios, ácido nicotínico, ácido ascórbico, vitaminas A, E, cobre, cálcio, ferro, zinco, entre outros. Portanto, deficiências destes nutrientes podem levar a uma metabolização mais lenta.

    Um exemplo de tratamento bem sucedido

    A manipulação nutricional vem sendo utilizada em algumas condições patológicas com bons resultados. Crianças asmáticas, por exemplo, tratadas com teofilina (bronco dilatador) têm menos episódios de respiração dificultosa nas dietas com baixa quantidade de proteínas porque a teofilina é metabolizada mais lentamente, permanecendo por mais tempo em circulação.

    Certos medicamentos inibem a síntese de enzimas porque competem com vitaminas para suas estruturas, essas drogas são chamadas de antivitaminas. Os agentes quimioterápicos utilizam esse princípio para impedir a replicação e induzir a morte da célula tumoral, pois competem com o ácido fólico, sem o qual não há síntese de DNA, provocando uma deficiência desse nutriente.

    Tratamento prolongado também altera o metabolismo

    Algumas drogas também podem formar um complexo com o nutriente, o tornado não-disponível para utilização pelo organismo. A isoniazida, por exemplo, utilizada no tratamento prolongado da tuberculose, forma um complexo com a vitamina B6 (piridoxina), interferindo em seu metabolismo em vários níveis, podendo levar a uma deficiência desta vitamina.

    Mas o exemplo mais amplamente conhecido de interação droga-nutriente envolve as drogas psiquiátricas do tipo inibidoras da Monoaminooxidase (IMAO) e as aminas vasoativas presentes nos alimentos. Em situação normal, as aminas vasoativas dos alimentos não constituem risco porque são metabolizadas rapidamente pelas enzimas monoaminoxidases. Entretanto, a ação destas enzimas é inibida por certas drogas antidepressivas, antimicrobianas, anti-hipertensivas e antineoplásicas. A presença de aminas vasoativas não-oxidadas causa constrição dos vasos sanguíneos e elevação da pressão arterial, podendo levar, nos casos mais graves, a uma hemorragia intracraniana, arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca.





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